sábado, 21 de julho de 2012

Sarau do Zé




















Na maravilhosa noite do dia 19/07, foi possível encontrar
gente animadíssima, disposta a curtir e aproveitar o belo
encontro.
Essa noite de puro gingado, suingue e música, foi realizada
por causa do Sarau de Aniversário do nosso amado Antonio
Villeroy, ou Totonho como muitos conhecem.
O local foi no agradável Casarão Ameno Resedá, no Catete!
Uma casa de show nova, mas já muito respeitada pelo os
frequentadores.
Começou com o Antonio cantando, junto de outros músicos
maravilhosos que faziam parte da banda.
Depois, alguns cantores subiram lá e deram sua participação.
Foi tocado desde as antigas músicas até as atuais. Até texto
foi declamado. Todas as idades se misturavam ali, todas as
tribos, todas as culturas. Tinham brasileiros e estrangeiros.
Até a nova atração no cenário musical, Jesuton, esteve lá e
conquistou a todos com sua simpática e talento... E bota
talento.
Foi uma noite memorável. E que venham outras...

Os saraus deveriam ser colocados mais em prática, pois a
alegria que eles dão, as trocas de músicas e textos, são uma
coisa que todos iriam gostar.

Parabéns Príncipe Tonin Zé! rs

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Letra nº 2

''Se viro a cara, faço farra, mudo os planos...
Se faço festa, arrumo a mesa, causo danos...
Se grito alto, caio do salto, me descabelo...
Se me ajeito em frente ao espelho, me revelo...
Não sei o que fazer pra chamar sua atenção...
Não sei esconder esse amor dentro do coração...
Me perdoa se te encomodo com meu sentimento...
Só não quero estragar nosso momento...

Eu sei que o amor é uma coisa assim tão louca...
E só aumenta minha vontade de beijar tua boca...
Por que você não nos dá uma chance...

Eu sei que é uma loucura o que eu lhe digo agora...
Me dê uma chance de enfim botar pra fora...
Esse puro amor que eu tenho por você...

Na rua, nas paredes da cidade eu vejo seu nome...
Tatuado na areia que na onda some...
Mas, sempre o vento sopra pra dentro de mim...
Será que nossa estória vai ter um final feliz...
Eu quero entender como me deixa assim...
Me faça sua estrela no teu foletim...
Amor amigo, amor antigo, o que faço agora...
Te espero no meu silêncio ou te deixo ir embora?''

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Mensagem à Poesia - Vinicius de Moraes

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não posso
Não é possível
Digam-lhe que é totalmente impossível
Agora não pode ser
É impossível
Não posso.
Digam-lhe que estou tristíssimo, mas não posso ir esta noite ao seu encontro.

Contem-lhe que há milhões de corpos a enterrar
Muitas cidades a reerguer, muita pobreza pelo mundo.
Contem-lhe que há uma criança chorando em alguma parte do mundo
E as mulheres estão ficando loucas, e há legiões delas carpindo
A saudade de seus homens; contem-lhe que há um vácuo
Nos olhos dos párias, e sua magreza é extrema; contem-lhe
Que a vergonha, a desonra, o suicídio rondam os lares, e é preciso
reconquistar a vida
Façam-lhe ver que é preciso eu estar alerta, voltado para todos os caminhos
Pronto a socorrer, a amar, a mentir, a morrer se for preciso.
Ponderem-lhe, com cuidado – não a magoem... – que se não vou
Não é porque não queira: ela sabe; é porque há um herói num cárcere
Há um lavrador que foi agredido, há um poça de sangue numa praça.
Contem-lhe, bem em segredo, que eu devo estar prestes, que meus
Ombros não se devem curvar, que meus olhos não se devem
Deixar intimidar, que eu levo nas costas a desgraça dos homens
E não é o momento de parar agora; digam-lhe, no entanto
Que sofro muito, mas não posso mostrar meu sofrimento
Aos homens perplexos; digam-lhe que me foi dada
A terrível participação, e que possivelmente
Deverei enganar, fingir, falar com palavras alheias
Porque sei que há, longínqua, a claridade de uma aurora.
Se ela não compreender, oh procurem convencê-la
Desse invencível dever que é o meu; mas digam-lhe
Que, no fundo, tudo o que estou dando é dela, e que me
Dói ter de despojá-la assim, neste poema; que por outro lado
Não devo usá-la em seu mistério: a hora é de esclarecimento
Nem debruçar-me sobre mim quando a meu lado
Há fome e mentira; e um pranto de criança sozinha numa estrada
Junto a um cadáver de mãe: digam-lhe que há
Um náufrago no meio do oceano, um tirano no poder, um homem
Arrependido; digam-lhe que há uma casa vazia
Com um relógio batendo horas; digam-lhe que há um grande
Aumento de abismos na terra, há súplicas, há vociferações
Há fantasmas que me visitam de noite
E que me cumpre receber, contem a ela da minha certeza
No amanhã
Que sinto um sorriso no rosto invisível da noite
Vivo em tensão ante a expectativa do milagre; por isso
Peçam-lhe que tenha paciência, que não me chame agora
Com a sua voz de sombra; que não me faça sentir covarde
De ter de abandoná-la neste instante, em sua imensurável
Solidão, peçam-lhe, oh peçam-lhe que se cale
Por um momento, que não me chame
Porque não posso ir
Não posso ir
Não posso.

Mas não a traí. Em meu coração
Vive a sua imagem pertencida, e nada direi que possa
Envergonhá-la. A minha ausência.
É também um sortilégio
Do seu amor por mim. Vivo do desejo de revê-la
Num mundo em paz. Minha paixão de homem
Resta comigo; minha solidão resta comigo; minha
Loucura resta comigo. Talvez eu deva
Morrer sem vê-Ia mais, sem sentir mais
O gosto de suas lágrimas, olhá-la correr
Livre e nua nas praias e nos céus
E nas ruas da minha insônia. Digam-lhe que é esse
O meu martírio; que às vezes
Pesa-me sobre a cabeça o tampo da eternidade e as poderosas
Forças da tragédia abastecem-se sobre mim, e me impelem para a treva
Mas que eu devo resistir, que é preciso...
Mas que a amo com toda a pureza da minha passada adolescência
Com toda a violência das antigas horas de contemplação extática
Num amor cheio de renúncia. Oh, peçam a ela
Que me perdoe, ao seu triste e inconstante amigo
A quem foi dado se perder de amor pelo seu semelhante
A quem foi dado se perder de amor por uma pequena casa
Por um jardim de frente, por uma menininha de vermelho
A quem foi dado se perder de amor pelo direito
De todos terem um pequena casa, um jardim de frente
E uma menininha de vermelho; e se perdendo
Ser-lhe doce perder-se...
Por isso convençam a ela, expliquem-lhe que é terrível
Peçam-lhe de joelhos que não me esqueça, que me ame
Que me espere, porque sou seu, apenas seu; mas que agora
É mais forte do que eu, não posso ir
Não é possível
Me é totalmente impossível
Não pode ser não
É impossível
Não posso.

Sofia, Sofria!


















 Hoje, numa conversa entre amigos, acho que entreguei um pouco de mim. Mas, sem a menor pretenção.
Conversa vai, conversa vem e paft... Falei alguma coisa que me fez ser olhada diferente.
Todos na mesa me olhavam, tentando disfarçar o espanto, mas eram olhos tão chocados, que não tinha como não perceber o clima que se instalava ali.
Descubriram que a doce Sofia, vivia um drama na vida: quem eu sou? O que eu quero?
Me jogavam indiretas pra ver se eu caia de novo e falava mais um pouco. Mas, me fiz de esperta e misteriosa outra vez.
Eles não podiam descobrir quem eu era, até porque eu também não sabia...
Fui falando de amor, de desejo, de mudança, de medo e eles foram juntando o meu desabafo e formando conceitos... Nunca, em toda minha jovem vida, falei de meus sentimentos... Ouvia os parentes, os amigos, os vizinhos, o casal na padaria falando de amor, e eu apenas ouvindo. Ouvia todos falando de seus desejos, alguns estranhos, e eu apenas ouvindo. Ouvia falarem de seus medos, seus defeitos, e os meus continuavam comigo, guardados no meu silêncio
Isso é ruim... Eu queria falar de mim, falar sobre as coisas que sinto, mas o que é que eu sinto afinal? O que eu quero? Quem eu quero ser... ou não?
Vejo meus amigos tão livres, tão soltos, exalando liberdade e coragem de ir a frente em seus desejos, mas eu fico ali, imóvel, sem saber o que fazer.
Queria falar de amor, de sonhos, de desilusões... Queria contar sobre uma viagem fantástica que fiz, ou planejar com eles uma que poderíamos ir...
Tenho medo de continuar nessa vida parada, cheia do nada e ninguém. Tenho medo de não viver um amor, ter filhos, um lar, uma história. Será que não terei uma história? Ou será que terei: Sofia, uma menina sem ambições, que não viveu um lindo ou louco amor, que nunca saiu da cidade, não teve filhos, não fez aquela viagem, não cometeu nenhuma loucura ou tentou ser feliz....?

Oh vida! Tu que és a senhora do meu destino, me ajude. Eu não sei o que fazer. Não quero ser só mais uma coisa no mundo, quero ser a Sofia, aquela que viveu, tentou, errou e acertou... Não quero ser só uma estatística da cidade... Quero ser a mulher que tentou ser feliz e viver.

As vezes penso em me atirar num lago e deixar que ele me leve, mas aí algo me impede e eu volto. Volto cheia de esperança, sonhos e vontades... Mas, nunca saio do imaginário e fico assim: incompleta.
Quero que a vida me leve e me complete com uma mulher deve ser...

Mas, enquanto ela não vem me buscar, me recolho no silêncio. Não deixo que leiam meus olhos, nem meus pensamentos. E assim volto a ser um mistério para os meus e para mim mesma.

E eu, Sofia... Continuo sofrendo e sendo um segredo para o mundo, sendo um segredo para mim.

Feliz!











(Depoimento dia 01/07/2012, no Facebook, sobre esse encontro no dia 30/06/2012,
no Vivo Rio.)

''Sabe na vida assim, quando você tem um sonho, aquele sonho
especial? Sabe quando você num momento acha que não vai
conseguir realizá-lo e abre mão? Mas, de repente, algo dentro
de você diz: EI, NÃO ESQUEÇA DE MIM, NÃO DESISTA DE
MIM PORQUE EU TO CHEGANDO.

É, foi assim ontem... Paguei 25,00 no ingresso, sentando lá
atrás, numa mesa sozinha. Durante as semanas, vinha dizendo:
sentarei na vip, perto do palco. E, realmente foi o que aconteceu.
Encontrei uma mesa totalmente vazia, onde sentou eu e minha
amiga Fabrícia Vieira e mais 2 meninas, super alto astral.

Durante todo o show, fui feliz, cantei, dancei, me senti muito bem.
Ri muito.

Comemorei o niver do Fã clube Cantinho da Ana, que estava
completando 5 aninhos... Rolou um bolo maravilhoso... Até
dona Cida entrou na bagunça... hahahha... Sua linda!

No final, fui pegar meu DVD com Delia Fischer, onde ela,
Lan Lan Moreira e Gretel Paganini, autografaram.

Depois, ainda fiquei no portão de saída que Ana pega o carro,
junto com tia Rosane Nunes, Juliana Nunes Fernandes, Pati
Cabral e Andreia Luiza.

Ana sai e para o carro na minha frente, abre o vidro e pá... Eu
disse: pelo o amor de DEUS mulé, tira uma foto comigo. Espero
isso há anos. E, ela diz: Claro, vem cá!
Quase entrei pela janela e ela deu um abraço e tirou a foto. Eu
disse: glória a Deeeeeus... Obrigada Ana. E ela: de nada.
E manda um sorriso.

Coisa tão simples, sem importância pra muitos, mas foi o maior
sonho que realizei na minha vida.

A noite de ontem ficará guardada comigo para o resto da vida.

Obrigada a todos os amigos. Vocês são bençãos que ganhei de
DEUS! ♥

Ana Carolina, obrigada pela atenção! ♥''