sábado, 30 de março de 2013

Não é apego... É amor!

Ouvindo uma canção que a Maria Gadú fez pra sua vó, Dona Cila, que diz: ''O apego não quer ir embora... Diaxo, ele tem que querer.''
A história da música, é sobre a partida de Dona Cila, e o apego, a saudade, o amor e a presença dela, na vida de Maria, e que não queria partir junto com dona Cila.

Baseado nisso, leio muito pela internet sobre o ''apego''.
Ele pode ser visto como necessidade, possessividade e/ou amor. Pode ser visto como algo que nos domina de uma forma, que quando notamos, já não tem como recuar.
Muitas vezes, o apego chega desapercebido, devagar, de mansinho, e vai se apossando em tudo, dentro de nós.
Outras vezes, sua chegada é notória, mas a gente acha tão encantador, que se deixa ser dominado por ele.
O apego, até que é bom, tem um gosto de desejo, de conquista, de quero mais...
Mas, muitas vezes, o apego dói... Dói, principalmente quando você quer desapegar e ele não larga você.
Dói quando você é obrigado(a) a desapegar de algo ou alguém... Dói quando o motivo pra tanto apego, não pode suprir com as expectativas.

A gente já nasce apegado... Isso é um fato!
Primeiro, o apego vem pelo cordão umbilical. O apego pela vida, que a gente já luta, pra ter o direito de ter. Em seguida, nossas vidas se apegam aos de nossas mães e é o apego mais lindo do mundo, o mais cúmplice, o mais leal e real.
Aí, a gente se apega ao nosso pai, aquele cara babão, que se segura pra não chorar, mas não aguenta. Somos irresistíveis para o coração desses grandalhões.
Depois, vem o apego ao seio materno, aonde nossa primeira fonte de alimento, a primeira descoberta do sabor, o conhecimento do paladar, começa.
Aí, vem o apego pelo o novo... Abrimos nossos olhos, vimos um mundo tão grande, e tão convidativo... Queremos tocar em tudo, sentir cada segundo da vida.
Aí, vem o apego aos brinquedos, a infância, a ida para a escolinha, a primeira professora, aos amiguinhos...
O apego ao primeiro amorzinho, aquele da infância... Ai, como é fofo, inocente. Os mais velhos, se apaixonam junto com o casalzinho. Mas, quando não é retribuído, a criança faz um bico triste, que passa logo, quando alguém o leva para tomar sorvete e lá, já encontra outro amorzinho.
Aí, vem o apego aos amigos da adolescência... Muitos desses, nós levamos para o resto da vida. Uns vem e vão, mas ficam vez ou outra... Outras vão, e ficam só fotografias.
Aí é que começa a bagunça... O apego a tal sonhada liberdade, a necessidade de possuí-la. A gente se apega tanto a idéia de andar com as próprias pernas, que a gente até pira, se deixar.
Mas, o fato é: alguém, algum dia, já foi realmente livre? A liberdade, realmente existiu? Tenho cá minhas dúvidas.
Aí, nessa bagunça toda, a gente dá de se apegar ao amor... Esse, é o apego mais difícil. Esse é desafiador.
Por quê digo isso? Porque esse apego, não depende só de você para que ele vire realidade. É preciso o motivo do apego, se apegar também, se jogar nessa bagunça. E nem sempre, meu camarada, o apego é recíproco... É, eu disse que era o mais difícil.
As vezes, até é recíproco, mas os caminhos são contrários, cheios de altos e baixos, mudanças bruscas do tempo... As vezes, é um apego tão solitário, tão doloroso, que arranca pedaços da gente.
Mas, graças a DEUS, existe aquele que tem a sorte de ser o apego do apego dele ou dela. E aí meu bem, se joga, se permita... Seja feliz!

Pior, é quando um dia, o apego de ambos se estremesse em um dos lados e, decide partir. Nossa, parece que um buracão enorme surge debaixo de nós e caímos no desconhecido, sozinho. A gente tenta se apegar no amor, mas o amor não te socorre.
Mas, acontece também dos dois lados de desapegarem, e aí fica só a lembrança do tempo bom, do tempo de cumplicidade, e o respeito, que é fundamental...

Acho melhor, encerrar por aqui... O apego me pegou de um jeito, que se der mole, me apego nele e só DEUS, pra socorrer.

O que quero dizer é, tudo que existe apego, existe amor, porque vem do lugar mais lindo dentro de nós... No coração!

Fui embora, mas sem apego!

sexta-feira, 29 de março de 2013

Toma!!!



Para tudo que me entristece, irrita, chateia, desanima...
Para algum não, sim e talvez, fora de hora.
Para a falsidade, a mentira e pela falta de consideração.
Para a negatividade, pela indiferença, pela birra...
Para falta de educação, para o egoísmo e a malcriação.
Para cara feia, mau humor e rabo de olho.
Para o descaso, a infantilidade fora de contexto, para a molecagem.
Para o silêncio quando se é preciso barulho... Para o barulho, quando se é preciso pausa.
Para opiniões que não acrescentam, só diminuem... Para falta de atenção.
Para o preconceito, para a pré-opinião, para a presepada...
Pela ignorância, pelo desrespeito, pela fofoca.
Para a corrupção, pelo o político ladrão, pela falta de união da população.
Para a fome, a guerra, a desigualdade.
Para a falta de oportunidade.
Para o desamor, pela perda de amor, para a dor.
Para o medo, o desespero, e a insegurança.
Pra você, pra mim, pra todos...
Toma!

quarta-feira, 27 de março de 2013

Se mostra ou me deixa te despir

Se mostra, me diga quem és
Deixa eu descobrir por onde andaram teus pés

Se mostra, me conta do teu passado
Deixa eu viver ao teu lado

Escrever o presente de nós dois
Ir vivendo o agora, sem pensar no depois

Se mostra, me fala um defeito
Eu sei que tens... Também não sou perfeito

Se mostra, me conta uma manha
Não se intimide, não se acanha

Me deixa te despir por inteira
Quero ultrapassar as tuas fronteiras

Ô iá iá iáiááá iáiááá
Ô iá iá iáiááá iaiááá

Cadê?

As palavras amontoadas que haviam em minha mente, se perderam no meio da prosa paralela... E agora? Verei de novo a aquarela escrita?


segunda-feira, 25 de março de 2013

Querência


Eu queria que tu fosses a lua, pois todas as noites, eu teria a certeza que te enxergaria lá no alto, que em qualquer canto desse mundo, eu poderia te ver e te sentir perto de mim.
Eu queria que tu fosses o sol, pois logo pelas manhãs, eu te deixaria aquecer meu dia ao abrir as janelas da casa, iluminando cada espaço que teus raios pudessem alcançar.
Eu queria que tu fosses o vento... Ah o vento! Junto de ti, viriam os melhores cheiros... O cheiro de vida.
Eu queria que tu fosses a chuva, pois eu correria para o meio da rua só pra deixar tuas gotas caírem no meu rosto, deslizarem pelo o meu corpo e limparem meu coração.
Eu queria que tu fosses o tempo, pois tu serias meu antes, meu agora e o depois.
Eu queria que tu fosses o ar... Pois sem ti, não dá pra respirar.
Eu queria que tu fosses aquela linda canção que ouvi na estrada, numa viagem em retirada, pelo o país.
Eu queria que tu fosses a casa dá vó... Ai que delícia! Muito mimo, diversão e boas lembranças.
Eu queria que tu fosses o riso frouxo daquela criança, que encontrei na pracinha, sendo feliz, sem pensar no depois.
Eu queria que tu fosses a boa surpresa, que nos arranca um sorriso e uma euforia por sermos lembrados.
Eu queria que tu fosses o mar, que junto de suas águas, levaria meus prantos e nas mesmas águas, me traria a renovação.
Eu queria que tu fosses feliz, pois tu estando feliz, me sinto feliz também.

Eu quero que meu amor chegue até você, que é pra você perceber, que tudo em mim, é teu... Que tudo que meus olhos vêem, é em você que minha mente pensa...

Eu e minhas ''querências''...

sábado, 23 de março de 2013

Os Amigos Invisíveis



Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade.
Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação.
Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira.
Temos o costume de confundir amizade com onipresença e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão.
Amizade não é dependência, submissão.
Não se têm amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra.
É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente.
Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou chateado por alguma coisa.
Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas.
E já se está falando mal dele por falta de notícias.
Logo dele que nunca fez nada de errado!
O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva?
A proximidade física nem sempre é afetiva.
Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, ambicionando interesses que não o da simples troca e convívio.
Amigo mesmo demora a ser descoberto.
É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade.
Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios.
São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem-estar.
Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis na maturidade.
Aqueles que não estão perto podem estar dentro.
Tenho amigos que nunca mais vi, que nunca mais recebi novidades e os valorizo com o frescor de um encontro recente.
Não vou mentir a eles, ''vamos nos ligar'', num esbarrão de rua.
Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento.
Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados.
Ou passar em casa todo o final de semana e me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos.
Caso encontrá-los, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação.
Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de mim.
Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia, do blog. Significativos em cada etapa de formação.
Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.
Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e trôpegos?
Amigo é o que fica depois da ressaca.
É glicose no sangue.
A serenidade.

Fabricio Carpi Nejar

domingo, 17 de março de 2013

Já entendi


Já entendi que o teu coração está dolorido
Foi machucado, está ferido
Por causa de um antigo amor

Já entendi que no momento ele está trancado
Tá de castigo e não foi perdoado
Por te fazer sentir tanta dor

Já entendi que no momento não me sobra espaço
Você ainda está no passado
Que o presente lhe faz relembrar

Mas, só te peço, que se um dia destrancar o peito
Lembra deste pobre sujeito
Que está na fila querendo te amar.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Mulher...


A maior obra que DEUS criou, é gerada dentro de ti, mulher.
O maior sentimento de amor, vem de ti, mulher.
Vem de ti, toda a força, toda a garra, toda fé.

Tu que é preparada desde menina, pra ser a rainha de um lar futuro.
Tu que desde sempre, carrega em ti, o instinto materno.
Tu que vive entre castelos e realidades.

Mulher, se não fosse tu, o que seria de nós, homens e mulheres?
Nós, eternos necessitados de ti.
Nós, seus seguidores fiéis.

Mulher, que se divide entre a casa e o trabalho.
Entre marido e filhos.
Entre seus sonhos e os sonhos do mundo.

Mulher, que carrega as dores e nos doa amor.
Que faz por um filho, o que preciso for.
Que se divide em mil pra outros tantos.

Mulher, que recebe pancadas quando deveria receber carinho
Que enfrenta leões, até mesmo sozinha.
Que não desanima, em meio aos vendavais.

Mulher, que na frente sorrir, e sozinha chora
Que ama intensamente e que de noite ora.
Que admira o mar e espera no cais.

Mulher, que se moderniza, que raspa a cabeça.
Que usa samba canção, que sobe na mesa.
Que não pensa em ter filhos, nem construir lares.

Mulher, de todos os tipos e pra todos os olhos.
De belos sorrisos e de todos os gêneros.
De sonhos diversos e pra todos os números.

Mulher de 15 ou mulher de 30...
As de 25, ou as de 50...
Mulher de todos as idades
Mulher Presidenta.

Mulher, a base de tudo...
Mulher, nosso porto seguro.
Mulher é mulher todo dia e todo dia é dia dela.

Mulher, como não amá-las?
Eu amo!