(Sem título)

As vezes somos injustos com as pessoas...
Elas de uma forma ou outra, cuidam de nós e fazem o que pode pra nos doar um pouco de alegria nessa vida e a gente, tão cego e tão burro, não nota.As vezes, damos valor ao ilusório e desprezamos ou criticamos os pequenos gestos.Sabe, as vezes aqueles que nos amam, tentam nos mostrar só as coisas boas do mundo, só os super heróis, só a imagem bonita e nos escondem toda a negatividade, todo o erro que o mundo tem, e que as pessoas tem. Aí, a gente tão alienados, não enxergamos o que eles nos escondem, e vemos apenas o belo, sendo que muitas vezes o belo, na real, faz tudo errado, só faz merda...Acho que está no tempo da gente repensar o que nossos olhos veem.Alguns dirão: então a culpa é daquele que ama, por nos esconder o falso bonito... Mas, não... Esses que nos amam, tentam nos privar da decepção, da mágoa, do choro, do desacreditar do mundo... Por nos amarem, preferem ser os feios do mundo, pra que o falso belo, seja o belo pra nós...Esses é que merecem o real valor.
Vejo, de fora, o julgamento errado feito aos verdadeiros belos, onde os vilões, saem como os heróis... O que é uma pena.
Talvez, lá na frente, em algum momento do futuro, a gente que vê tudo trocado, destroque a visão e enxergue e peça perdão, para aqueles que sempre nos deram amor, sem pedir nada em troca, sem expor isso pra auto se vangloriar.
Palmas as esses verdadeiros heróis, ao reais símbolos da beleza humana, do caráter humano.

Outoniando

Está fazendo um dia lindo de outono. A praia estava cheia de um vento bom, de uma liberdade. E eu estava só. E naqueles momentos não precisava de ninguém. Preciso aprender a não precisar de ninguém. É difícil, porque preciso repartir com alguém o que sinto. O mar estava calmo. Eu também. Mas à espreita, em suspeita. Como se essa calma não pudesse durar. Algo está sempre por acontecer. O imprevisto me fascina.

[Clarice Lispector] 

Dentro de Mim

Dentro de mim,
Ando sem nenhum espaço
Tudo teu se espalhou por aqui,
Se apossando de cada pedaço.

Dentro de mim,
Uma vontade de palavras gritantes...
Uma hora, acho que devo guardá-las,
Noutra, libertá-las num alto-falante.

Dentro de mim,
Me perco em tuas imagens
Que invadem minha memória,
Sem ao menos pedir passagem.

Dentro de mim,
Guardo essa coisa forte...
E vivo pedindo a DEUS
Que me dê um pouco de sorte,

Porque ando querendo
Colocar pra fora,
Essa coisa bonita
Minha querida senhora

Que nasceu de repente
Sem que a gente percebesse
Que o que era amizade,
Foi ficando diferente,
Até que um dia o peito estalou
Dizendo que era amor
O que se apossou da gente!

Jura de Amor

 Eis que nos encontramos no mais alto estágio do amor... Trocamos juras, nos prometemos coisas, nos entregamos de olhos fechados... Beijamos, transamos, trocamos a respiração...

  Ao encostar meus ouvidos no teu peito, ouço as batidas do teu coração acelerado por sentir o meu tão próximo, tão quente... Tão entregue!

  Pela manhã, quem acorda primeiro, olha o que ainda dorme e se sente feliz por ter a sorte de estar ali, ao lado daquela pessoa tão linda, tão encantadora, tão cheia de vida, de amor...

  Seguimos os dias lado a lado... Companheirismo nas pequenas coisas... Uma voltinha pela cidade... Uma conversa no barzinho com os amigos... Um mergulho no mar pra lavar os olhares invejosos que cercam o nosso amor... Divisão das contas do mês... Ganhos e perdas... Tudo entre nós é divido.

  Num momento da vida, decidimos aumentar a família... Vem os filhos... Dois meninos.... Nós os educamos, ensinamos o certo e o errado, mostramos caminhos, damos amor e, amor e, amor...

  A vida vai passando, nossos cabelos já meio brancos, mostram uma vida divida com muito amor, que se somou por muitas histórias...

  Bate um medo!!!

  Será que haveremos de nos amar assim até o fim? Será que ainda dançaremos ao som de ''No More Lonely Nights''? Será que ainda serei teu amor e tu meu príncipe encantado? Será que seremos sempre amigos?

  Quero lhe fazer uma jura... Uma jura de amor.

  Se por acaso, por culpa do acaso, destino, ou coisa assim, eu lhe vier a dizer que não mais lhe amo, me faça enxergar esse amor que lhe tenho agora... Se por desventura, tu encontrares um novo amor, lhe prometo relembrar aquela jura que me fez diante de meus pais, quando me disse: ''peço tua mão, não apenas pra por uma aliança, mas pra alinhar minha vida a tua e construir uma vida nossa''...

  Se por acaso, perderes o interesse de ouvir sobre meu dia, procure se esforçar pra lembrar de quando me buscava no cursinho e fingia se interessar por filosofia, só pra me ouvir falar com tamanha empolgação sobre  a existência, valores morais e o mundo... Se por acaso, eu não lhe der ouvidos sobre o seu time, me faça lembrar quando íamos ao maracanã, assistir teu time ganhar, e mesmo torcendo para outro, vibrar com você pelo o gol feito.

  Se por acaso, mesmo recorrendo a nossa história, nada voltar ao normal e o amor esfriar de fato... Prometo e prometa-me que seremos amigos... Não quero deixar de ouvir teus conselhos, nem receber teu sorriso tão bonito quando estou num dia triste... Não quero perder o som da tua voz, nem perder o cheiro do teu perfume...

  Sei que seria difícil, pois tu encontrarias outro amor e esse tal amor, não aceitaria nossa promessa...

  Então, acho que de comum acordo, deveríamos jurar nunca nos perder do amor... Deveríamos todos os dias, renovar nossa aliança, reafirmar nossa promessa de amor eterno.

  Eu lhe juro amar-te como aquela jovem que falava de filosofia... Que filosofava sobre o amor, sobre eu e você.