sexta-feira, 30 de setembro de 2011

21

Uau!
21 anos que completei na última terça (27).
Sei lá! Me bateu um medo, uma insegurança, um sentimento que nada fiz da vida ou pela vida.
Me imaginava diferente com essa idade...
Mais madura, cursando a faculdade, trabalhando com artes, uma outra vida.
Me imaginava morando só, no meu cantinho, meu espaço.
Me imaginava com meu carrinho de segunda mão.
Me imaginava no começo do mês, fazendo as compras sozinhas e esperando na fila, pra pagar a fatura do cartão.
Me imaginava, no final de semana, indo visitar minha mãe e meu irmão.
Sonhava com uma casinha pequena, com um cachorro no quintal (2 pra falar a verdade), um jardinzinho, num bairro namoral.
Sonhava ter muitos amigos e com eles, fazer viagens.
Sonhava que faríamos uma história legal.
Pensava que iria conhecer muitos artistas, e que com alguns, faria uma amizade.
Pensava que a Glória Perez ou Maneco, iriam me ver em algum lugar e me chamar pra fazer novela.
Iria ser a patricinha do asfalto, ou a menina guerreira da favela.
Pensava que com a Ana Carolina ou Celine Dion, iria fazer um dueto , mas nem um ''oi'', eu consegui dar direito.
Pensava que nos palcos, eu ia estar, mas só vejo que ainda, nem sai do lugar.

As coisas que eu queria, o tempo não me ajudou a ter.
Mas, eu não desisto e sei que ainda vou vencer.
Meus sonhos continuam meus e dentro de mim, eles ainda estão...
Mas, vamos seguir com a vida seja na real ou na imaginação.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Começo!!! Ainda com jeitinho de Minas.


Engraçado como hoje, não consigo mais ver ela com esse tom de cabelo, com esses cachos...
Não combina mais com ela, com o momento que ela tá.
Mas, há algo nela, dentro dela, que lembra essa menina do video.
É doido isso, mas a única certeza que tenho é de que essa menina veio, fez sua história, marcou terrirório, mas deu espaço a outra, agora já uma mulher mais madura, mais certa do que quer.
Sinto muita saudade dessa menina, mas aprendi com o tempo, a gostar dessa mulher, também meio doida, também meio calma, mas sempre apaixonada pelo o que faz.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Primavera

(Våren (1907) av Carl Larsson)
 
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

(Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.)

Cansada do mundo, cansada de tudo, cansada de mim...
Não quero essa vida, que triste é impedida... Que chegue o fim!!!

Com água nos olhos, de peito apertado, não dá pra viver...
Amigo querido, vou me despedindo, chorando e sorrindo, sem nada saber!

Que eu tenha sido uma grande amiga, que compania, eu tenha feito...
Que me desculpe, se fiz algo errado, mas é que eu também, tenho defeito.

Se lembre dos papos que tivemos de noite e de dia....
Que eu vou me lembrar, de te ouvir a cantar, enquanto eu sorria.

Dos sonhos que tive, com muita luta, alguns realizei....
Mas, também parto triste, porque os mais importantes, nem encontrei...

Mas, não se preocupe, porque nessa vida, minha missão eu cumpri...
E, como diria o rei da música, ''o importante é que emoções eu vivi''...

E assim me despeço, com uma saudade tão grande de ti...
A gente se esbarra, na fila ou na praça, e quem sabe na próxima, eu volte a sorrir?


(By: @LianaVale_AC )

Loucos e Santos



''Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.''

(Oscar Wilde)

Metade



Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também. 

(Intérprete: Oswaldo Montenegro)

Gente Humilde


Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar
Porque parece
Que acontece de repente
Feito um desejo de eu viver
Sem me notar
Igual a como
Quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem
Vindo de trem de algum lugar
E aí me dá
Como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar

São casas "tristes".
Com cadeiras na calçada
E na fachada
Escrito em cima que é um lar
Pela varanda
Flores tristes e baldias
Como a alegria
Que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar
(Intérprete: Chico Buarque)

Eptáfio


Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído...

Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier

(Intérprete: Titãs)

Carioquice


Carioca não diz: 'Obrigado', diz 'Valeu'!
Carioca não diz: 'Estou contigo, amigo', diz: 'Tamu Junto, parceiro'.
Carioca não faz coisa errada, "Vacila" ou "dá Mole".
Carioca não fala: 'Tá me tirando, mano!', fala:Tá de Sacanagem!?'.
Carioca nunca é Mano, é sempre "Mermão"!
Carioca não fala no tel 'alô' e sim, 'Fala aê!
Carioca não dá ideia, 'manda a Real'!
Carioca mora na cidade onde o mundo quer passar férias.
Carioca é marrento porque pode.

Quem é você?

Quem será que me chega
Na toca da noite
Vem nos braços de um sonho
Que eu não desvendei?
Eu conheço o teu beijo,
Mas não vejo o teu rosto.
Quem será que eu amo
E ainda não encontrei?
Que sorriso aberto
Ou olhar tão profundo.
Que disfarce será que usa
Pro resto do mundo?
Onde será que você mora?
Em que língua me chama?
Em que cena da vida
Haverá de comigo cruzar?
Que saudade é essa
Do amor que eu não tive?
Por que é que te sinto se nunca te vi?
Será que são lembranças
De um tempo esquecido
Ou serão previsões
De te ver por aqui? Então vem!
Me desvenda esse amor
Que me faz renascer.
Faz do sonho algo lindo
Que me faça viver.
Diz se fiz com os céus algum trato
Esclarece esse fato
E me faz compreender.
Esse beijo, esse abraço na imaginação
E descobre o que guardo pra ti
No meu coração
Mas deixa eu sonhar, deixa eu te ver.
Vem e me diz: quem é você?

(Intérprete: Simone)

Época fascinante!!!


DEUS... Queria viver os anos 70 e 80 por um dia... Como faz?

Quero os bailinhos, a vitrola, os pentiados chiquérrimos, as roupas lindas e coloridas, calça boca de sino, namoradinho no portão, cineminha, praia com amigos, passeatas, participar das Diretas Já, viagens, combis mega personalizadas, fuscas, papai e mamãe de olho no namoradinho da gente, amigas de segredinhos, meninos se sentindo Elvis Presley... Tudo isso!!!





 Ai, como seria lindo!!!

Ok, pode até ser loucura, mas acho que eu seria mais feliz e viveria mais...
Tá, tá bom...
Vou voltar aos anos 2000 e ser obrigada a ouvir os funks dos vizinhos, os meninos se sentindo os fodões (desculpa), as meninas praticamente nuas com seus shorts e tops...

Ô realidade chata!!!

sábado, 10 de setembro de 2011

Me Revelar



Tudo aqui quer me revelar
Minha letra, minha roupa
Meu paladar
O que eu não digo, o que eu afirmo
Onde eu gosto de ficar
Quando amanheço, quando me esqueço
Quando morro de medo do mar

Tudo aqui
Quer me revelar
Unhas roídas
Ausências, visitas
Cores na sala de estar

O que eu procuro
O que eu rejeito
O que eu nunca vou recusar
Tudo em mim
Quer me revelar

Tudo em mim quer me revelar
Meu grito, meu beijo
Meu jeito de ser
O que me preocupa, o que me ajuda
O que eu escolho pra amar
Quando amanheço, quando me esqueço
Quando morro de medo do mar

(Intérprete: Zélia Duncan)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Minha adorada Carolina...



Dia 9 de setembro, se tornou uma dia muito especial na vida de muitas pessoas, porque nessa dia, exatamente no ano de 1974, em Juiz de Fora (MG), você nascia trazendo com você uma musicalidade e uma força gigante...
Nesse dia, estava sendo decretado, que uma menina iria crescer, tendo influências na música, que no futuro, a fizesse se tornar uma influência pra muitos.
Ana, Nanoca, Carolina, Carol, Diva e outras várias denominações, se tornou uma linda e incrível mulher, mas sempre trazendo nos olhos, o ar de uma menina que quer descobrir o mundo e suas travessuras.
Ana, obrigada por todos os momentos que dividiu com a gente...
Você não me conhece, nunca ouviu falar de mim, mas isso não importa.
Fã sabe que é preciso apenas ver quem a gente gosta feliz, pra tudo ficar feliz também.
Quero muito te dar um abraço um dia, mas não quero apressar os ponteiros, pois esse dia será inesquecível pra mim e não pode ter ''falhas''...
Que sua vida seja cheia de cores, que pinceladas de alegria e amor, sejam dadas na sua vida...
Que sua luz continue a iluminar nossas vidas, que seu sorriso, continue a alegrar nossos dias.
Que tua caminhada seja leve, que barreiras sejam vencidas.
Que a gente possa estar sempre com você e que você possa sempre, estar dentro de nossos corações.

Obrigada Ana Carolina Souza!!!
Feliz aniversário e muita ''merda'' pra você!!!