sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Vida fora do ônibus



E no ônibus, de volta pra casa... Fim de tarde, o céu em tons de laranja, rosa, amarelo e azul.
Lá fora, carros correndo, ônibus nos pontos, motoqueiros velozes...
Olho pela janela e vejo o ser humano fazendo a vida. É mulher, homem, criança, velho e novo. Tento imaginar como são suas vidas, quais as suas alegrias e tristezas. Quais as suas conquistas e decepções.
Ali, vi um muleque correndo na calçada e a mãe com o chinelo na mão... Alguma ''arte'' ele fez.
Do outro lado, alguns homens com suas barraquinhas, feirinhas e a clientela em volta, famintos pra gastar.
Ali, uma senhora de lenço na cabeça, blusinha e saia longa, sentanda na cadeira de balanço e ao lado, um senhor (devia ser o esposo) de chinelo de couro, fumando um cachimbo velho.
Logo alguns pontos à frente, avisto homens brigando, aparentemente bebados e o povo só olhando...Ninguém separava. Fiquei agoniada., doida pra descer do ônibus e tacar um taco de sinuca neles, mas eu não podia né, ou do contrário, seria o alvo das pancadas.
E assim, segui viagem... Olhando o mundo, suas estradas e histórias.
Gente que não respeita o sinal, gente que não respeita a faixa de pedestre, gente que não respeita o outro motorista, gente que não respeita a própria vida, pois corria como se o fim do mundo estivesse se aproximando e ele precisasse fugir.
Vi mulher grávida, vi mulher brava, vi homem nervoso, vi homem correndo...
Vi bicicletas e patins, vi moças e rapazes, vi casais idosos, vi um menino lendo.
Vi poetas e sambistas... Vi dançarinos e passistas.
Vi um casal apaixonado, vi amigos conversando...
Vi gente sorrindo e vi gente chorando.

E amanhã, pegarei o mesmo ônibus, passarei pelo o mesmo lugar, mas as pessoas e histórias que vi ali, não haverão de voltar.

Obrigada pela compania e boa viagem!

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